Para Luis e Nath
Na
hora cósmica do búfalo a palavra de Roberto Piva não liberta nem consola,
afunda-se no manancial do desespero que, por ser exatamente desespero, nada
pretende, senão ecoar o som de sua própria fúria impotente, como se nela e
através dela pisasse o solo do impossível e secasse a lágrima do peixe.
O Século XX passou como um sonho no qual o sonhador sonhou que sonhava. O despertar prometia uma nova razão para viver, mas o fato se impôs novamente com sua necessidade cega, suas urgências fabricadas, suas formas customizadas, seus acordos e suas trapaças; com a vigência de suas normas, seus parâmetros acríticos e suas forças corporativas, suas cidades embalsamadas, os nós de suas forcas apertando as consciências iludidas, ludibriando a inocência dos ingênuos em tempos que cuidam de manter os fluxos do capital correndo nas veias desgastadas de um mundo sujeito para sempre às forças mercantis da destruição, ao mal que se perpetua invadindo as casas, as casernas e as universidades, ampliando a guerra e condenando o corpo, essa sombra dilacerada de si mesma, a repetir a mímica do vencedor, vendendo-se no mercado do passado, sem nenhum futuro.
Quem seria capaz de nos condenar se tentarmos a fuga? Se flertarmos com o desespero? Se usarmos nossa última força na construção de uma derradeira astúcia? Se nos escondermos detrás de um muro construído com o material da derrota em nossa Champot imaginária? O que esperar do século XXI, senão a confirmação da profecia?
O Século XX passou como um sonho no qual o sonhador sonhou que sonhava. O despertar prometia uma nova razão para viver, mas o fato se impôs novamente com sua necessidade cega, suas urgências fabricadas, suas formas customizadas, seus acordos e suas trapaças; com a vigência de suas normas, seus parâmetros acríticos e suas forças corporativas, suas cidades embalsamadas, os nós de suas forcas apertando as consciências iludidas, ludibriando a inocência dos ingênuos em tempos que cuidam de manter os fluxos do capital correndo nas veias desgastadas de um mundo sujeito para sempre às forças mercantis da destruição, ao mal que se perpetua invadindo as casas, as casernas e as universidades, ampliando a guerra e condenando o corpo, essa sombra dilacerada de si mesma, a repetir a mímica do vencedor, vendendo-se no mercado do passado, sem nenhum futuro.
Quem seria capaz de nos condenar se tentarmos a fuga? Se flertarmos com o desespero? Se usarmos nossa última força na construção de uma derradeira astúcia? Se nos escondermos detrás de um muro construído com o material da derrota em nossa Champot imaginária? O que esperar do século XXI, senão a confirmação da profecia?